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TORCIDA TORCIDA

“Foi aí que se formou a mística alvinegra, que faz do verdadeiro botafoguense um torcedor absolutamente diferente dos outros, dedicado até ao sacrifício ao pavilhão de seu clube, seja qual for a situação, esteja ele altaneiro no mastro da vitória, ou paire nos campos da desgraça. Na situação desesperadora em que o clube ficou, não perdeu um único de seus campeões.” Assim escreveu Alceu Mendes de Oliveira Castro, o maior historiador botafoguense, sobre a crise que afetou o antigo Botafogo Football Club, no ano de 1912.

De fato, o torcedor botafoguense é diferenciado. Ninguém torce como a gente, ninguém cobra como a gente e ninguém ama como a gente. Essa relação de amor, fúria e loucura começa na última década do século XIX com Olavo Bilac, torcendo pelas primeiras glórias da Estrela Solitária nas águas da Baía de Guanabara. Fundador da Academia Brasileira de Letras, Olavo Bilac era jornalista, poeta e louco pelo Club de Regatas Botafogo, idealizado por Luiz Caldas e fundado por seus companheiros do Remo

Cartão assinado por OlavoBilac, parabenizando Antônio Mendes de Oliveira Castro pelo Campeonato Brasileiro de Remo de 1902

Saindo das águas da Guanabara na Praia de Botafogo, a estrada de louros nos conduz até o Largo dos Leões, onde Flávio Ramos e Emmanuel Sodré fundaram, com a ajuda de Dona Chiquitota, o Botafogo Football Club. Chiquitota era a avó de Flávio Ramos, e foi dela o conselho de trocar o nome do Clube. Nesse momento, nesse mísero instante de segundo, essa pequena e grande decisão foi responsável por alterar e marcar a vida de toda uma geração. Como uma predestinação celestial, o Electro se tornou o Botafogo, nosso destino.

No ano de 1942, a morte de Armando Albano em uma partida de basquete entre o Club de Regatas Botafogo e o Botafogo Football Club, ocasionou a fusão das duas instituições. Não havia mais a possibilidade para a existência de dois Botafogos. Agora, Luiz Caldas, Olavo Bilac, Flávio Ramos, Emmanuel Sodré e Chiquitota faziam parte de uma mesma história, a mesma história que anos mais tarde seria compartilhada, também, por grandes torcedores apaixonados pelo Botafogo, como Tolito e a Fogolito, Tarzan e a Torcida Organizada Botafogo, Russão e a Folgada do Russão e tantos outros. O Botafogo é a sua torcida. Ela não escolheu, foi escolhida. E esse sentimento, ninguém entende.

Octacílio Batista do Nascimento, o lendário Tarzan

João Faria, o Russão

Banca do Tolito, famosa banca de jornal da Avenida Rio Branco, que servia como ponto de encontro da torcida botafoguense

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